É obvio que estamos todos acostumados a ver cenas de sexo, nudez e violência na tv e nos jornais diariamente e achar absolutamente normal, porém nós somos adultos e já sabemos muito bem onde enfiar o nariz. Mas o que dizer de uma criança de 9 anos que assiste às mesmas cenas com a priminha de 12 anos do lado?
Ontem mesmo estava eu observando dentro de um dos HPS onde trabalho o quanto nossos Pais são culpados pelo nosso grau de vulgaridade. E não é pra ficarem chocados. É a realidade.
Só pra começar, uma historinha.
Uma jovem de mais ou menos uns 30 anos na aparência (as vezes distorcida pela sofrida vida que se leva, deu entrada na ala pediatrica do referido hospital com um bebê de mais ou menos 2 aninhos, em estado de inconsciencia no colo. Ela gritava: "gente pelo amor de Deus acudam minha filha, ela está babando e se retorcendo toda tem uns 15 min! ainda bem que agente mora aqui perto."
A menor estava tendo um episódio convulsivo (neste caso ocasionada por febre, visto que a criança estava com 42ºC de temperatura corporal. Os cuidados foram imediatos. Convulsões em menores até 6 anos, aproximadamente são absolutamente normais, mas requerem cuidados.
Mas, o que me chamou realmente a atenção, visto que não trabalho na assistência direta ao paciente (fiquei só observando a conduta da pediatra, enfermeira e técnicos de enfermagem da pediatria)e sim na supervisão de triagem nos dois Pronto-Socorros da cidade, foi o que veio atrás. Isso realmente me fez realizar o post de hoje.
Considerando ser situado na periferia trash da cidade, já tem-se idéia do naipe das pessoas (embora muitas famílias honestas rezidam naquele bairro). E foi aí que logo atras daquela mae nervosa, veio o pai, com uma cara de bravo (SIM, porque as pessoas já entram 'armadas' dentro dos Ps's desta cidade. É uma espécie de blindagem natural aos desleixos do meu patrão), procurava por notícias da mulher com a criança e com ele trazia na mão uma outra criança, idêntica àquela trazida nos braços da mulher, porém uns 10 anos mais velha. Menininha bonitinha, cabelos compridos. Uns 13 anos. cinturinha fina, o brotinho do seio já nascendo e uma blusinha de lycra, surrada, sem soutien, um palmo acima do umbigo e um shortinho jeans de uma chave.
Pronto socorro sempre é um ambiente lotado de muito estresse e sufoco, mas há imundície em todo lugar. Foi unânime os olhos famintos, nojentos de cerca de uns 10 homens que estavam alí, naquela ante-sala de urgencia e emergência para as recém-nascidas curvas daquela menininha, que no máximo fazia a sexta série do ensino fundamental.
Imediatamente eu me perguntei: PORRA, que mãe é essa que não orienta nem enxerga que o corpo daquela garota está mudando?
Logicamente que a garota devia estar vestida daquele jeitinho em casa e depois do acontecido foram tds ao hospital. Sabemos que na rua deveriamos nos vestir diferente, mas se observarmos ao nosso redor é cada vez mais precoce e indecorozo o vestir de nossas crianças.
Na minha época (não há tanto tempo assim)da década de 90, lembro perfeitamente o cuidado que se tinha pra falar e até mesmo pra se ter acesso a esse tipo de coisa!
Vestiam-se diferente as crianças. As meninas com vestidinhos simpáticos e os meninos com tênis que pisca e suspensórios de verniz vermelho.
Brincava-se de pira cola,alta,esconde,garrafa,roda, bicicleta, barbie, volei,tacoball. Faziamos merenda as 3 da tarde com baré e pão com cremutcho (huuum), na tv passava chaves, chiquititas, carrocel, ouvia-se a xuxa, angélica e mara se degladiar pela atençao das criancinhas. Iamos no parque de diversoes realmente pra se divertir e por ai vai.
Hj em dia o que as crianças têm? Video game que espirra sangue na tela, novelinha mexicana dos adolescentes ficando grávidos aos 16 anos; orkut, twitter e facebook que são a maior merda social; sexo nas novelas das 9 horas, onde crianças de seis anos não dormem antes da meia noite, onde o acesso a vídeos eróticos é imenso na internet, onde ir pro parque de diversão aos 10 anos de idade está fora de cogitação, porque crianças de 10 anos querem ouvir restart, vestir calça jeans colorida e transar com o coleguinha da carteira do lado pra ver se é legal.
Acredito que o SEXO além de banalizado tenha sido 'jogado' às crinaças com maior naturalidade depois do É O TCHAN. JURO! não é pra rir. A conversa adequada com os pais na idade correta não tem sido eficiente (isso qd ocorrem), as meninas rebolam o bunbunzinho com intenções diretas de seduzir quem pra eles olha e os meninos, espertos que são , aproveitaram o embalo. hj vê-se a falta de educação sexual que acontece com esse povo todo! Quem dera fosse só no Brasil(esse fim de mundo) e pronto! Mas não, isso é geral! onde faz frio não dá pra usar um shortinho 'carla perez", mas dá pra fazer mt coisa que eu sei. Mas voticontá, brasieliro é mt filho da puta! e pirigueti calorenta é o que não falta por aqui.
O grau de ignorância dos pais sobre o tema também tem influencia direta com esse problema (sim, porque pra mim isso é um problema social!).
Dou um doce pra quem achar que sexo ainda é tabu. me convença!
Meu primo de 13 anos, descobrí vendo o orkut, sabe de mais coisa do que eu e aos treze eu nem sabia o início..quem dirá o fim disso tudo!
o fato é que se você têm pais que pouco se importam com a repercussão do shortinho de lycra que sua filha vai usar aos 10 anos de idade, afinal, as amiguinhas usam, a priminha usa tbm e a mãe tbm axa lindo e adora usar um vermelho, coladinho...
Não que eu seja machista, mas a postura de uma mulher é suficiente para deixa-la no chão. eu, por exemplo me importo muito com o que as pessoas que amo pensam sobre mim.
Cada vez mais nossas crianças são estupradas pela nossa ignorância e deseducação sexual que vêm ocorrendo crescentemente ao longo dessa década. Cada garotinha que aparece morta, estuprada aos 9 anos, eu me sinto culpada pelos cds do E o TCHAN que eu comprei. Talvez não devesse essa culpa à sociedade, mas à mente desocupada e inócua de um animal, mas esta tem sim sua parcela de culpa, logicamente alheio a outros fatores sociais.
Também é residente o fato de ser um caminho sem volta e uma luta perdida, afinal, é natural viver na esbórnia nos dias de hj não é mesmo?
O que aconteceu com as mães (cada vez mais jovens) que conversavam com as crianças como se comportar e informar pros rebentos desde cedo o que é camisinha?
Pra mim, não há fio de esperança que sustente a depredação dos mais diversos valores sociais neste lugar. O corpo virou merante um instrumento de satisfação pessoal e não mais o sagrado templo do Espírito Santo de Deus.
É caros amigos, estamos fadados a convivem para sempre com o bundalelê no Apê que vem por aí.
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